#realismo sociale
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pier-carlo-universe · 23 days ago
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Recensione di “Come una famiglia” di Giampaolo Simi: Dramma, Noir e Legami Familiari in Crisi, di Pier Carlo Lava
Un thriller psicologico che esplora i confini dell'amore e della fiducia di un padre verso il proprio figlio
Un thriller psicologico che esplora i confini dell’amore e della fiducia di un padre verso il proprio figlio. In “Come una famiglia”, Giampaolo Simi ci trascina in un dramma noir carico di tensione e realismo, una storia che esplora il lato più oscuro della famiglia, dove amore e fiducia possono trasformarsi in terreno fertile per il sospetto e la paura. Il protagonista, Dario Corbo, ex…
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ancruzans-blog · 4 days ago
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Augusto Roa Bastos, el patriota desterrado.
“Desde que era niño sentí la necesidad de oponerme al poder, al bárbaro castigo por cosas sin importancia, cuyas razones nunca se manifiestan”. Augusto Roa Bastos           El 13 de junio se ha cumplido el primer siglo del nacimiento, en Asunción, la capital de Paraguay, del más destacado escritor de ese país y uno de los más importantes de la literatura latinoamericana y, por la tanto,…
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periodicoirreverentes · 8 months ago
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MUSEO IRREVERENTES: “Unemployed” (1931)
Ernst Neuschul (Checo, 1895-1968)Óleo sobre lienzo99.5 х 138 cmPushkin Museum of Fine Arts (Moscú, Rusia)
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leiturasqueer · 1 year ago
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Abel Botelho (1855-1917)
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Abel Acácio de Almeida Botelho nasceu em Tabuaço (distrito de Viseu) em 1855, e morreu em Buenos Aires, na Argentina, em 1917. Republicano, abraça a vida política e diplomática desde novo.
Escritor de notável talento, foi representante do naturalismo ou realismo exagerado da sua época, trazendo nas suas obras um retrato da sociedade portuguesa em inícios séc. XX.
As suas obras, versando sobre temas "interditos" para a época como a homossexualidade, o lesbianismo, a prostituição, o adultério, a luta de classes e os vícios de uma elite política corrupta e moralmente degradada, foram consideradas “uma ofensa à moral pública” sendo apreendidas.
""Era um amor estranho, dissolvente, enorme, de uma acuidade que fazia sofrer. Um misto extravagante de submissão e de império, de adoração e de lascívia, que prendia o barão àquele indivíduo do mesmo sexo por laços mais poderosos do que quantos nos serve a História como exemplos de ligação admirável entre homem e mulher."
Abel Botelho, O Barão de Lavos (1891)
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arte-e-homoerotismo · 1 year ago
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Paul Cadmus (1904-1999) - Nu Masculino, por volta de 1969
Paul Cadmus é um pintor, pasteleiro e designer americano. dos quais este blog publica, desde 2016, todos os desenhos conhecidos.
Durante sua vida, alcançou fama com uma série de têmpera sobre tela retratando cenas de gênero urbano, parte do movimento social realista então dominante, misturando sátira, ironia e gosto pelo grotesco, e recebeu inúmeras encomendas. Na década de 1960, o seu trabalho revelou mais abertamente ao público uma forma de homoerotismo assertivo, entre outras coisas através de uma série de desenhos de nus masculinos, enquanto o seu estilo evoluía para o que se chamava de realismo mágico. Na segunda metade da vida, Cadmo desacelerou a produção pictórica e deu mais espaço ao desenho. É muito importante o trabalho desenhado de Paul Cadmus, constituído principalmente por nus masculinos, e por mulheres e homens do mundo da dança durante os seus exercícios. Sua técnica de desenho é acadêmica, lembrando muito a época barroca. Ele trabalha muito com papel colorido e mistura técnicas e ferramentas para alcançar um estilo pessoal. Seu uso de hachuras amplas e pequenas áreas sobrepostas para a modelagem de corpos é uma característica importante.
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abr · 3 months ago
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Nel rapporto sulla competitività dell’Unione europea commissionato da Ursula von der Leyen, (...) Mario Draghi ha illustrato le linee guida per rilanciare l’economia dell’Unione, cresciuta negli ultimi vent’anni in misura nettamente inferiore a Cina e Stati Uniti.
L’Ue si trova in una congiuntura particolare perché le tre condizioni esterne che ne hanno sostenuto la crescita - commerci globali in rapida crescista, energia a costi bassi e difesa garantita - sono venute meno. (...) Per cui il modello economico che ha sostenuto l’Europa è obsoleto (...). Nel rapporto si legge, tra l’altro, che l’Europa “dovrebbe imparare dagli errori fatti nella fase di iperglobalizzazione” (...) (...).
Di fronte a questo scenario Draghi consiglia di puntare su innovazione, decarbonizzazione e difesa e di farlo con maggiore coesione e attenzione al mercato unico. Per (farlo) l’Europa, dice Draghi, deve investire 750-800 miliardi di euro all’anno, pari al 4,4-4,7% del suo Pil. Questo significa investire il triplo di quello che si è investito con il piano Marshall tra il 1948 e il 1951 (...). Sia il settore pubblico, anche con strumenti di debito comune, che quello privato sono chiamati a contribuire a questo sforzo.
(Sin qui la sintesi. Ora l'analisi.)
a) la fine della globalizzazione, l’invecchiamento della popolazione, le maggiori spese per difesa e transizione energetica sono forze inflattive di lungo periodo. Questo significa che anche i tassi di interesse saranno alti, quindi finanziarsi costerà caro.
b) gli investimenti colossali sono necessari perché l’Europa deve ottenere crescita, ma vuole farlo stando dentro i binari autoinflitti della decarbonizzazione e della "coesione sociale" (aperta agli extracomunitari, ovviamente).
Il sogno green (, di inclusività senza se e ma) e di “indipendenza” geopolitica europea comporta rischi (...) e tempi lunghi, l'unica cosa certa sono i costi, altissimi (...) e sappiamo bene che nessun altro (Usa, Cina, India, altre medie potenze) hanno intenzione di autoinfliggersi un percorso colmo di "paletti green" come l’Europa.
Con il rapporto Draghi l’Europa annuncia al mondo di non essere un soggetto politico compiuto e questo, (oltre a essere una verità di fatto), dovrebbe consigliare realismo. (...) Un piano di investimento triplo rispetto a quello Marshall, sarà, in ultima analisi e in ogni caso garantito dai risparmi degli europei, chiamati, volenti o nolenti, a garantire il piano della Commissione.
via https://www.ilsussidiario.net/news/rapporto-draghi-linsostenibile-sogno-green-a-spese-dellitalia/2748652/
HEY DRAGOS, NO HAY DINERO. AFUERA.
Detto però come sintesi a valle di analisi dei contenuti, non un dismissivo naaah, l'ha detto quello che "ti contagi ti ammali muori". Far così, sparar giudizi alzo zero ad personam è pensare come i sinistri, reagire come i sinistri, comportarsi come i sinistri: é essere di sinistra a propria insaputa.
E comunque si, questa ricetta mega socialista iper centralista super statalista proviene da quello che "ti contagi ti ammali muori". Carramba che sorpresa. Più che vile affarista lo definirei banale keynesiano.
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livrosencaracolados · 8 months ago
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Dotada de uma notável capacidade descritiva e de uma sensibilidade peculiar que se reflete nas páginas, Katherine Rundell criou nesta obra um fenómeno delicioso que, exatamente por não ser o género de muita gente, deveria ser lido por todos. O modo quase lírico como a prosa flui, aliado ao talento incrível da escritora para criar visões vívidas na mente do leitor, tornam um enredo que se assemelha ao do Titanic (se a história seguisse as consequências do naufrágio em vez do evento em si) em algo único, belíssimo e profundamente comovente, podendo apenas ser equiparado a algo saído do Studio Ghibli em termos dos sentimentos que provoca.
Usando como palco as cidades de Londres e Paris do século XIX, este livro conjuga a viagem altamente arriscada de uma rapariga que procura o último elo que pode explicar a estranheza da sua aparência e natureza, num mundo onde a sua forma de ser é o contrário de tudo o que se deseja, a duras críticas e reflexões sobre os "valores" e instituições, que preenchidas por humanos são desprovidas de humanidade, pelas quais a sociedade se rege. Isto é possível através do investimento da autora no desenvolvimento de personagens que se destacam pelo seu realismo e com os quais é impossível não criar uma conexão, o que faz com que o sofrimento inevitável a que os mesmos são sujeitos, chame a atenção do leitor para a derradeira injustiça e falta de nexo presentes no seu tratamento. Sophie e Charles são os primeiros exemplos desta situação: o amor que os une é mais sincero, incondicional e puro do que os laços de sangue que sustentam muitas famílias, mas por ambos se rebelarem contra as milhentas exigências que são colocadas sobre o seu género e se alimentarem do que os preenche em vez do que fica bem, é lhes negada a legitimidade como pai e filha. É visível em muitas instâncias o quanto o que os rodeia lhes grita para sucumbirem ao tradicional, para abandonarem a curiosidade, a franqueza e a confiança inata que têm no que o coração lhes diz e, SIMPLESMENTE, seguirem o protocolo, mas Sophie nunca abdica das calças com remendos, do estudo do violoncelo e da perseguição louca pela mulher que confirma a sua crença de que remar contra a maré é a única forma real de viver, algo que o Charles nunca deixa de encorajar, e que é veementemente punido pelas figuras rígidas da obra.
Com a entrada dos vagabundos dos telhados em cena, a Sophie encontra, pela primeira vez, uma verdadeira sensação de controlo e compreensão no local mais inesperado concebível, e abre-se-lhe um novo mundo. A grande maioria dos caminhantes-dos-céus são crianças que não põem os pés em terra firme há anos, porque, em França, ser-se sem-abrigo é incómodo, e, por tanto, ilegal, e isso significa que seriam mandados para a prisão impessoal e fria que são os orfanatos. Para serem livres, habitam onde ninguém os pode encontrar e, embora as descrições da graciosidade com que se deslocam pelas telhas pintadas pelas estrelas sejam de sonho, o seu modo selvagem de sobreviver não é, e a escritora faz questão de não embelezar a miséria e hábitos nojentos que acabam por se infiltrar na sua identidade. Além deste grupo ser o único que está aberto a entender a importância da causa da protagonista, revelando que a maior bondade vem de quem tem pouco a oferecer e está despido de pomposidade e ego, acaba também por ilustrar a perigosa relação que se estabeleceu entre a empatia, a moralidade e a forma como cada um se apresenta no meio social. É óbvio que, a partir do momento em que alguém sem uma rede de apoio fica numa situação vulnerável, é obrigado a adaptar-se e a adotar uma forma de funcionar que assenta no desenrasque, deixando de ter tempo para os costumes politicamente corretos e polidos que, infelizmente, estão na base das relações humanas do quotidiano. Assim sendo, a negligência das frivolidades pelos que passam por tempos difíceis, quando prolongada, leva a um isolamento que queima a última ponte com a sociedade normal, fazendo com que os que estão de parte sofram uma desumanização aos olhos do público geral, passando a ser vistos como perigosos e menos merecedores de consideração. É precisamente isto o que acontece com os vagabundos dos telhados, que são tratados como animais e literalmente caçados incansavelmente, até que possam ser inseridos no sistema e alterados ao ponto de perderem todos os traços que fazem deles incómodos.
Relativamente ao desfecho do enredo, após toda uma série de considerações poderosas e umas quantas leis infringidas, a narrativa honra o seu tema musical ao acabar da mesma forma que começa, com Sophie envolta nas melodias que a ligam à mãe. No entanto, desta vez, não é uma sinfonia a ter o protagonismo, mas um Requiem, que é tocado quando a vida de alguém chega ao fim, e que, neste caso, simboliza a conclusão de um ciclo marcado por uma perpétua confusão e busca de identidade, que dá lugar à paz e a uma pequena comunidade de gente que está pronta para lutar com unhas e dentes por Sophie, e que torna o seu propósito um pouco mais claro. Contudo, apesar de o livro dar à sua heroína a oportunidade de atingir o seu objetivo e de o conflito central ficar bem resolvido e atado com um laçarote, tenho de admitir que, depois da relevância que foi dada à intriga secundária dos habitantes das alturas, há uma certa hipocrisia da autora no facto de não se preocupar em conceder-lhes um fim digno, e abandoná-los depois de eles servirem o seu propósito da maneira que os parisienses, que são alvo de julgamento, fazem. Parece-me brusco parar de escrever logo que a Sophie vê a mãe, eram necessárias mais umas 50 páginas, um segundo volume ou, no mínimo dos mínimos, um simples epílogo (e não digo isto só por o querer muito) para que fosse oferecida uma solução que devolvesse a voz às crianças em causa e recompensasse os seus sacrifícios, e essa é realmente a única falha que posso apontar a esta obra.
Fora esse detalhe, "Rooftoppers - Os Vagabundos dos Telhados" é uma leitura indescritivelmente potente e refinada que promete encantar qualquer sonhador, capturando a maravilha dos melhores clássicos infantis e a inteligência dos grandes romances num só exemplar. RECOMENDO vivamente que adquiram este livro (aqui) e que lhe dêem uma oportunidade de vos impressionar, mas aviso já que não é para os impacientes.
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
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caribbeanart · 7 months ago
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¿Qué es el realismo mágico?
El realismo mágico es más conocido como un género literario que se mezcla las líneas entre la realidad y lo fantástico. Aunque sus origines se disputan, no cabe duda que es el género que la gente más se identifica con la región caribeña y latinoamericana. Durante el (re)descubrimiento y la conquista del nuevo mundo en los años 1400, los europeos escribían y dibujaban mucho sobre la vida en las Américas que parecían a ellos en especial extraño y exótica.
Estas descripciones exóticas y reductoras de la región tropical en particular se refortalecían durante la colonización y llegaban a definir la región y quienes lo habitan por muchos siglos. Con la llegada del realismo mágico en el boom literario durante los años 60, el género apareció en la escena como un chance único para una reconquista que regresará la narrativa de la región en manos de sus habitantes.
Mientras hoy en día uno se puede encontrar muchos artículos sobre la tema, sus raíces en el folclore y la mitología y su abrazo fuerte a lo extraño, un detalle que muchos se pierden es que mientras experiencias mágicos del día a día se trata de una forma normal por los caracteres en sus libros, lo normal de la vida ordinaria en nuestro mundo se pone en cuestión por el lector. Por esa razón, el realismo mágico es también una forma muy popular de cuestionar la policía y tocar otras temas sociales. Sigue siendo uno de sus usos más claves en un mundo donde periodistas no siempre pueden publicar sus opiniones sin caerse en problemas con el estado, que todavía es una problema muy grande en países como Guatemala, México y muchos más.
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pier-carlo-universe · 23 days ago
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Recensione di “Il cliente di riguardo” di Giampaolo Simi: Un Thriller Intrigante tra Verità, Sospetti e Vendetta, di Pier Carlo Lava
Dario Corbo torna in azione in un romanzo che esplora i legami familiari, i segreti e le bugie in un gioco pericoloso di verità nascoste.
Dario Corbo torna in azione in un romanzo che esplora i legami familiari, i segreti e le bugie in un gioco pericoloso di verità nascoste. Nel suo nuovo romanzo, “Il cliente di riguardo”, Giampaolo Simi ci riporta nell’intricato mondo di Dario Corbo, ex giornalista e investigatore atipico, in un thriller che mescola abilmente suspense, introspezione psicologica e critica sociale. Dario, ormai…
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ancruzans-blog · 5 days ago
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Bola de Sebo, de Guy de Maupassant
Era Maupassant un hombre de carácter melancólico, ascético, algo misógino, llegando a decir del matrimonio que era “un intercambio de malos humores durante el día y de malos olores durante la noche”, y con cierta aversión al género humano, por lo que evitaba cualquier vínculo social, sin embargo, alguna relación sexual tuvo que llevar a cabo ya que se le adjudican hasta tres hijos. A lo largo de…
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alessandro55 · 3 months ago
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La pittura del realismo borghese
Aleksa Čelebonović
Traduz.dal francese di Maurizio Vitta
Garzanti, Milano ott 1984, 200 pagine, 170 ill.di cui 41 a colori, 25x31,5cm,
euro 30,00
email if you want to buy [email protected]
Pittura Kitsch o realismo borghese : l'arte Pompier nel mondo
I suoi protagonisti si chiamavano Cabanel, Repin, Bouguereau, Morelli, Bianchi, Boldini, Alma-Tadema, Giraud, Millais, Gervex, Sargent.
Uno sguardo di insieme di questa corrente misconosciuta. Uno studio per temi: temi religiosi, mitologie e antichità, storia e leggenda, orientalismo, vita sociale e familiare, ritratto.
Une vue d’ensemble de ce courant méconnu, puis une étude par thèmes : thèmes religieux, mythologie et Antiquité, légende et histoire, orientalisme , vie sociale et familiale, le portrait.
22/08/24
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semtituloh · 2 months ago
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The New School
Diego Rivera
Fecha: 1923
Estilo: Realismo Social
Género: escena de género
Media: fresco
Localización: Secretariat of Public Education Main Headquarters, Mexico City, Mexico
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spotlightmuse · 7 days ago
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O Cenário
Em um processo de evolução — ou expansão —, o conceito de ''cenário'' na história da arte refere-se ao ambiente, ao espaço e ao contexto em que as figuras — como em retratos — ou eventos são representados em uma obra. Esse conceito tem se transformado ao longo do tempo, acompanhando diferentes abordagens na representação do espaço, seja em pintura, escultura, teatro, ou, mais recentemente na arte digital e nas artes visuais contemporâneas.
Antiguidade e a Idade Média
Nos períodos mais antigos da história da arte, é fundamental a citação da Arte Egípcia e na Arte Grega e Romana, o cenário é frequentemente simplificado ou idealizado. Os artistas da época, representavam as figuras humanas em poses frontais e não se preocupavam com a perspectiva ou com a tridimensionalidade do fundo. Em vez disso, o foco estava nas figuras e no simbolismo.
Já com a Idade Média, especialmente com a arte cristã medieval, o cenário também era frequentemente simplificado. As cenas religiosas, como altares ou manuscritos iluminados, usavam fundos dourados ou padrões geométricos, com pouca preocupação com a representação realista do espaço.
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Notando-se que o foco estava na transcendência e no simbolismo, e não no realismo.
Renascimento
Com o renascimento o cenário que conhecemos hoje começou, os artistas começaram a explorar a perspectiva linear para criar a ilusão de profundidade no espaço pictórico. Artistas como Leonardo da Vinci, Raphael e Michelangelo introduziram um senso de volume e espaço realista nas suas obras e cenários passou a ser tratado com cuidado. Ganhando seu destaque.
Em exemplo, em pinturas como A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, o cenário não é apenas um fundo decorativo, mas também uma parte integrante da narrativa, com a perspectiva criando uma sensação de profundidade e realismo. A preocupação com o cenário tornou-se uma forma de integrar as figuras na cena e contextualizá-las no mundo físico.
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Barroco e Rococó
No Barroco, o cenário continuou a ser uma parte importante da composição artística, mas é frequentemente usado para criar uma atmosfera dramática. Artistas como Caravaggio e Peter Paul Rubens, usaram o cenário para intensificar a emoção da cena, muitas vezes utilizando contrastes de luz e sombra — como no chiaroscuro — destacando a figura humana e criando uma sensação de movimento e profundidade.
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Já no Rococó, o cenário veio a se tornar mais decorativo e leve, com palácios, jardins e cenas de corte frequentemente sendo representados em uma atmosfera mais fluida e idealizada, como nas obras de François Boucher e Jean-Honoré Fragonard.
Romantismo e Realismo
No Romantismo, o cenário é usado para expressar as emoções e a relação do ser humano com a natureza. Artistas como J.M.W Turner e Caspar David Friedrich criavam cenários grandiosos e muitas vezes dramáticos, onde a natureza selvagem ou as condições climáticas extremas serviam como um reflexo do estado emocional dos indivíduos retratos.
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Já com o surgimento do Realismo no século XIX, os artistas começaram a representar os cenários mais cotidianos e realistas, como as paisagens rurais ou urbanas, refletindo as condições sociais e econômicas da época. Os artistas Gustave Coubert e Jean-François Millet, por exemplo, pintaram cenas de trabalhadores no campo, com o cenário se tornando um componente importante para a narrativa social de suas obras.
Impressionismo
Com o Impressionismo, o cenário passou a ser ainda mais fluido e menos detalhado, com ênfase nas luzes e nas cores. Artistas como Claude Monet e Pierre-Auguste Renoir capturavam momentos fugazes da vida cotidiana, com cenários que se tornavam quase abstratos, usando pinceladas rápidas e uma paleta de cores mais vibrantes para evocar a luz natural e as atmosferas.
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Arte Moderna e Contemporânea
No século XX, o conceito de cenário se expandiu além da pintura tradicional. Movimentos como o Cubismo, com Pablo Picasso e Georges Braque, fragmentaram o cenário em múltiplas perspectivas, tornando o fundo e o espaço tão importantes quanto as figuras. A representação do cenário deixou de ser uma mera ''decoração'' e passou a ser parte da estrutura formal da obra.
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Já a Arte Contemporânea também explora o conceito de cenários de maneiras inovadoras, especialmente com a introdução de novos meios, como a arte digital, e a instalação e o vídeo. David Hockney, por exemplo, começou a explorar a ideia de perspectiva e o uso de múltiplos planos em seus quadros, rompendo com a tradicional perspectiva linear.
Além disso, a arte contemporânea frequentemente faz uso de cenários criados por elementos não pictóricos, como em instalações e performances, onde o cenário pode ser um espaço físico real e não uma representação bidimensional.
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Arte Teatral e Cinema
O cenário também desempenha um papel fundamental no teatro e no cinema. No teatro, o cenário tem a função de criar o ambiente físico e emocional onde a ação ocorre. No cinema, o conceito de cenário vai além da simples representação visual, envolvendo design de produção, iluminação e até efeitos especiais para criar um mundo complexo e imersivos.
No teatro, desde os primeiros cenários cenográficos no Renascimento até os complexos cenários do teatro moderno e contemporâneo, a função do cenário vai além de um fundo decorativo. Ele se torna um elemento que interage com os atores criando uma atmosfera que pode modificar a percepção do público sobre a ação dramática.
Ou seja, ao longo da história da arte, o cenário evoluiu como um elemento decorativo para um componente essencial das obras, com uma função tanto estética quanto narrativa. Não sendo apenas o fundo de uma cena, mas também para intensificar emoções e criar contextos históricos ou sociais, e até mesmo para questionar a percepção do espectador sobre o mundo representado. Sendo assim, o cenário é uma parte fundamental da arte, refletindo mudanças culturais e tecnológicas e a maneira como os artistas concebem o espaço e o contexto ao redor das figuras e da ação representada.
FONTES:
GOMBRICH, E. H. A História da Arte. 16. ed. São Paulo: Phaidon, 2009.
HARRISON, Charles; WOOD, Paul. Arte: Conceitos e Movimentos. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
TANSELLE, G. Thomas. The History of Art: A Critical Approach. São Paulo: Editora Unesp, 2006.
ARNHEIM, Rudolf. Arte e Percepção Visual: Psicologia da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
BAXANDALL, Michael. Pintura e Experiência Social: O Olhar no Renascimento. São Paulo: Editora UNESP, 2003.
FREELAND, Cynthia A. Arte e Objetividade: Uma Introdução à Filosofia da Arte. São Paulo: Editora Ponto de Vista, 2008.
LOPES, Domingos de Souza. O Espaço na Arte Contemporânea. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
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alemdobvio · 24 days ago
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Obras literárias portuguesas que promoveram a evolução da literatura:
Desde a fundação de Portugal até a implantação da república em 1910, foram fundamentais para o desenvolvimento e evolução da literatura em língua portuguesa:
1. Cantigas Trovadorescas (séc. XII - XIV)
Gênero: Poesia lírica e satírica.
Obras representativas: Cantigas de Amigo (cantigas de origem popular que expressam os sentimentos amorosos) e Cantigas de Escárnio e Maldizer (cantigas satíricas e irônicas).
Contribuição: Marcaram o início da literatura portuguesa escrita, com forte influência da tradição oral. São as primeiras manifestações da poesia em galego-português e refletem aspectos da vida social medieval.
2. Crónicas de Fernão Lopes (séc. XV)
Obras: Crónica de D. Pedro I, Crónica de D. Fernando e Crónica de D. João I.
Gênero: Prosa histórica.
Contribuição: Consideradas precursoras da prosa literária portuguesa, as crônicas de Fernão Lopes combinam narrativa histórica e elementos literários, capturando a vida e o espírito da época. Lopes é visto como o pai da historiografia portuguesa.
3. Os Lusíadas (1572) – Luís de Camões
Gênero: Poesia épica.
Contribuição: Considerado o maior épico português, *Os Lusíadas celebra as aventuras marítimas e a expansão portuguesa. Camões combina o estilo clássico com temas nacionais, criando uma obra que consolidou o português como língua literária e influenciou escritores de várias gerações.
4. Sermões (séc. XVII) – Padre António Vieira
Obras representativas: Sermão de Santo António aos Peixes e outros sermões.
Gênero: Prosa religiosa e oratória.
Contribuição: Vieira trouxe uma nova visão ao Barroco português com sua habilidade oratória e prosa expressiva, abordando questões sociais, políticas e religiosas. É considerado um dos grandes mestres do Barroco em língua portuguesa.
5. Cartas Chilenas (1789) – Tomás Antônio Gonzaga
Gênero: Poesia satírica.
Contribuição: Escritas no contexto do Arcadismo, estas cartas satíricas criticam o governo colonial e representam a busca por liberdade e justiça. Embora tenham sido escritas por um autor luso-brasileiro, são importantes para o desenvolvimento da literatura luso-brasileira.
6. Marília de Dirceu (1792) – Tomás Antônio Gonzaga
Gênero: Poesia árcade.
Contribuição: Um dos maiores exemplos do Arcadismo português, essa obra explora temas bucólicos e amorosos, com influência da cultura clássica. É uma das obras mais influentes do período arcádico em língua portuguesa.
7. Viagens na Minha Terra (1846) – Almeida Garrett
Gênero: Romance, crônica de viagem.
Contribuição: Com esta obra, Garrett mistura o real e o fictício, criando um estilo inovador que influenciou a prosa romântica. Ele reflete sobre o Portugal contemporâneo, abrindo caminho para o Romantismo e para uma crítica social mais apurada.
8. O Amor de Perdição (1862) – Camilo Castelo Branco
Gênero: Romance romântico.
Contribuição: Esta obra é um marco do Romantismo português, sendo considerada um dos primeiros romances de grande popularidade. Camilo Castelo Branco explora temas de amor trágico e questões sociais, trazendo maior profundidade psicológica às personagens.
9. Folhas Caídas (1853) – Almeida Garrett
Gênero: Poesia romântica.
Contribuição: Considerado o ponto alto da poesia de Garrett, Folhas Caídas é uma obra de introspecção, explorando sentimentos pessoais e românticos, e influenciando a poética do período.
10. O Primo Basílio (1878) – Eça de Queirós
Gênero: Romance realista.
Contribuição: Com essa obra, Eça inicia uma crítica mordaz à sociedade portuguesa, consolidando o Realismo em Portugal. A escrita objetiva e irônica de Eça contribuiu para o desenvolvimento do romance moderno em língua portuguesa.
11. Os Maias (1888) – Eça de Queirós
Gênero: Romance realista.
Contribuição: Os Maias é uma das obras-primas do Realismo português e retrata com profundidade a decadência social e moral da alta sociedade lisboeta. Eça de Queirós expande os limites do romance ao criar uma narrativa crítica e envolvente.
12. O Crime do Padre Amaro (1875) – Eça de Queirós
Gênero: Romance realista.
Contribuição: Considerado o primeiro romance naturalista português, O Crime do Padre Amaro aborda temas como hipocrisia religiosa e problemas sociais, oferecendo uma análise incisiva da sociedade portuguesa.
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elrincondelcinefilo · 30 days ago
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𝔼𝕝 𝕒𝕓𝕚𝕤𝕞𝕠 𝕕𝕖 𝕂𝕚𝕣𝕦𝕟𝕒 (2023)
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El abismo de Kiruna es una película sueca dirigida por Richard Holm que combina el género de desastre con drama familiar, explorando los efectos del hundimiento de la ciudad sueca de Kiruna debido a la explotación minera. La historia sigue a Frigga, interpretada por Tuva Novotny, quien trabaja como jefe de seguridad en la mina de hierro subterránea de Kiirunavaara, la más grande del mundo. A través de su perspectiva, la película refleja la tensión entre el desarrollo industrial y el impacto ambiental y social en la comunidad.
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La trama se centra en la inminente catástrofe que amenaza a la ciudad, inspirada en la realidad de Kiruna, donde la extracción masiva de hierro ha forzado a las autoridades a planificar el traslado de la ciudad. Sin embargo, para dar un toque cinematográfico, la cinta presenta esta reubicación como un proceso más rápido y dramático, intensificando los conflictos familiares y emocionales de los personajes principales. Frigga, por ejemplo, debe gestionar tanto el caos en su trabajo como los problemas personales, incluyendo su relación complicada con su exesposo y su pareja actual, lo que en ocasiones puede sentirse algo forzado en medio de la trama de desastre
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Críticamente, “El abismo de Kiruna” ha recibido opiniones mixtas. Si bien se destaca la propuesta visual y el realismo con el que muestra la magnitud de la catástrofe, algunos críticos consideran que la película se queda corta en el desarrollo de los personajes y cae en clichés del género de desastres. En especial, se señala que el intento de mezclar el drama familiar con la crisis ambiental a veces diluye el impacto de ambas historias, aunque la actuación de Novotny logra rescatar algunas de estas escenas emocionales.
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En resumen, esta película ofrece una perspectiva única sobre los desafíos de una ciudad real afectada por la industria minera, aunque su narrativa es más efectiva en los aspectos visuales y dramáticos que en la profundidad de sus personajes y por ser un hecho real se merece tres estrellitas ⭐⭐⭐
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themuseumwithoutwalls · 5 months ago
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MWW Artwork of the Day (7/6/24) Antonio Berni (Argentine, 1905-1981) Desoccupados (The Unemployed)(1934) Tempera on burlap, 213.4 x 404.8 cm. Museo Nacional de Bellas Artes, Buenos Aires
Delesio Antonio Berni was an Argentine figurative artist. He is associated with the movement known as Nuevo Realismo ("New Realism"), a Latin American extension of social realism. He began painting realistic images that depicted the struggles and tensions of the Argentine people. His popular Nuevo Realismo paintings include "Desocupados (The Unemployed)" and "Manifestación" (Manifestation). Both were based on photographs Berni had gathered to document, as graphically as possible, the "abysmal conditions of his subjects."
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